Mamãe aliá banhando seu filhote -- imagem retirada do site Beautiful Animals. |
O que é mais importante para você: estilo ou consciência limpa?
Sempre fui apaixonada por cinco animais não-tão-populares: pinguins, porcos, focas, girafas e elefantes*. Uma das coisas mais lindas que vi foi um bebê elefante com poucas semanas, e um dos momentos mais incríveis que vivi foi quando um filhote de girafa colocou a cabeça bem pertinho de mim, quando eu andava de jipe num mini-safari em um parque de diversões... Mas não é só por gostar tanto desses bichinhos que estou "injuriada".
*Além de cachorros, é claro! Quem não é apaixonado por cachorros?
Ao abrir a página da Uol, logo hoje de manhã, me deparei com uma notícia que chega a ser bizarra, de tão absurda que é num momento como esse: "Empresário do interior de SP faz botas com hipopótamo, elefante e arraia". De acordo com tal notícia, referido empresário possui uma fábrica de acessórios e vestuário country, e produz calçados com couro de elefante, arraia, avestruz, pirarucu, jacaré e cobra, e com preços que vão de R$750,00 a R$55 mil!
Minha implicância não é, necessariamente, com a matança de animais, mas, sim, com a matança de quais animais. Sei que minha frase soa polêmica, mas, apesar de ser extremamente simpática a veganistas e movimentos como o PETA, infelizmente não consigo me tornar vegetariana e, mesmo adorando porquinhos, não nego que os consumo...
Agora, uma coisa que "atenua" a minha culpa - mas que, obviamente, não me exime - é o fato de que os produtos animais que consumo derivam de criação para fins precipuamente alimentares. Porém, o que dizer de animais que são mortos exclusivamente para que suas peles sejam vestidas? Penso que, se um animal foi morto, então que seja "honrado" e aproveitado ao máximo, então não posso me coadunar com adoradores de casacos feitos com peles de raposa, chinchila, filhotes de foca, e muitos outros.
Não parece que este bebê está sorrindo? -- imagem retirada do R7. |
O problema é que, com o suposto "progresso" brasileiro e o surgimento dos "novos ricos", esse tipo de comercialização ganha espaço no mercado nacional, e, com isso, também as classes mais baixas passam a "cobiçar" tais itens. Daí para a inserção de tais peles em produtos mais "acessíveis" é um pulinho, e foi exatamente o que aconteceu há alguns meses com a Arezzo.
A coleção "Pelemania", da Arezzo, foi recolhida das lojas após manifestações negativas pela internet. -- imagem retirada do site da Folha. |