"Avarice", da galeria "The Seven Deadly Sins". Autoria de blackeri. Extraída do DeviantArt. |
Vale a pena pagar os preços pedidos por cosméticos em "lojinhas" virtuais?
*Alguns podem achar que o "pecado" que realmente "move" o presente post é, em verdade, o pecado da Inveja. Contudo, a meu ver, o maior problema que assoma o universo das compras virtuais não-autorizadas - pra não dizer ilegais -, ainda é o da Avareza dos vendedores, uma vez que os consumidores, na maioria das vezes, agem de boa fé.
Imagine a seguinte situação: você viu o último lançamento da Urban Decay, deseja imensamente adquiri-lo, só que: 1) a marca Urban Decay não é vendida no Brasil; 2) você não está para viajar para um país onde a marca Urban Decay é vendida; 3) tudo indica que o produto muito em breve estará esgotado; 4) você não tem cartão internacional, de modo que não pode comprar em lojas como Beauty Bay e All Cosmetics Wholesale.
Para adquirir o tão-sonhado produto, suas opções, portanto, costumam restringir-se a somente uma: buscar o auxílio de uma "blogueira-sacoleira"*, ou seja, algúem que possui uma lojinha virtual e que tira um dinheirinho através da comercialização dos produtos que traz de suas viagens internacionais, vendendo-os, na maioria das vezes, sob encomenda, mas também possuindo alguns itens a pronta entrega.
* Obs.: não empreguei o termo de modo pejorativo, e, aliás, o estou utilizando para designar tanto aquelas que viajam e trazem os produtos diretamente do exterior, quanto aquelas que moram no exterior e que dão um "jeitinho" de enviar as encomendas em pacotes identificados como gifts. Na segunda parte da série de posts sobre compras virtuais e o direito do consumidor, elenquei algumas situações que podem acontecer quando se compra em lojas virtuais, sejam elas grandes lojas ou pequenas lojas. Qual seria a principal diferença entre essas duas categorias? A legalidade. Ora, enquanto uma grande loja virtual comercializa produtos que entraram legalmente no Brasil - e, por isso, têm que recolher todos os tributos inerentes a essa atividade -, as pequenas lojas normalmente comercializam produtos que ingressaram no país de forma ilegal, porém com uma aparência de legalidade. Ou você acredita que as "blogueiras-sacoleiras" que viajam para o exterior nunca estouraram a sua cota? Ora, como trazer dos EUA, por exemplo, mais de 20 caixas de pincéis Make Me Up da Sigma, de uma só vez, pode caracterizar "uso pessoal"?
Olha, eu não faço ideia de como as "blogueiras-sacoleiras" viajantes fazem para não ser pegas pela Receita Federal quando desembarcam no Brasil... Não faço mesmo! Ainda que elas corram todo esse risco de serem taxadas e de terem seus produtos apreendidos, pelo fato de elas não recolherem os tributos, não consigo concordar com o preço abusivo pelo qual a maioria vende!